Nascente de Itabuna
Cresceu no tempo do cacau
O jovem grapiúna
Ao seu pai tentaram o mal
Em uma tocaia majestral
Na escola de D. Guilhermina
Criou um jornalzinho
Começou uma obra prima
O grande brasileirinho
"A Luneta" fez secesso
Pois foi feita com carinho
Jorge Amado grapiúna
Da Bahia é amador
No País do Carnaval
Desse povo o cantor
Primogênita a Lenita
O precoce escritor
Romancista literário
Escritor do sofrimento
Ao povo viu e ouviu
E escreveu o seu lamento
Compositor da liberdade
Aprimorou o conhecimento
Sua terra tem palmeiras
Como Gonçalves o cantou
Mas o ufanismo Romântico
O baiamado não primou
Com o povo ele viveu
Do povo ele falou
Obá de Xangô
No Ilé Opó Aponjá
Mãe Aninha e Menininha
No terreiro a dançar
Candomblé ou protestante
Liberdade agora e já
Do Cacau o seu Suor
Baianauta do Mar Morto
Pelas Terras do Sem Fim
A Bahia é seu porto
Capitão da liberdade
Jorge, cantor do corpo
Jorge Amado do cacau
Do olhar de Gabriela
Nos Subterrâneos da Liberdade
Vê a moça sempre bela
Com "O mar" teve elogios
E Tieta na novela
Quinca Berro d'Água
Camisola de dormir
Dona Flor e Seus Dois Maridos
Vê a noite a surgir
Gabriela, cravo e canela
Passa o dia a se despir
Fez sucesso o grapiúna
Traduzido e adaptado
Do cinema aos quadrinhos
Brasileiro aclamado
Foi o Jorge desse povo
Para sempre o Amado
No dia seis de agosto
Deixa saudade o idolatrado
A Bahia chora por ti
Sempre será lembrado
Descansa em paz, poeta vivo
Vai com Deus, poeta amado
Coautores: Fernanda Sales, Marta Maciel e Saul Santos
Coautores: Fernanda Sales, Marta Maciel e Saul Santos